terça-feira, 11 de novembro de 2008

A Santificação e a Justiça de Deus Na Minha Vida: “Quem está garantido?”

ESTUDO SOBRE SANTIFICAÇÃO NO LIVRO DE ROMANOS

Cap. 2 – A Santificação e a Justiça de Deus Na Minha Vida:
“Quem está garantido?”


INTRODUÇÃO:

• Ao ler o capítulo 2 de Romanos, uma pergunta veio de imediato a minha mente: Quem está garantido?
• Vimos que no capítulo 1º; Paulo fala sobre a justiça de Deus e as práticas mundanas. Dois são os objetivos do ap. Paulo: 1) Ressaltar a necessidade da santificação, levando-se em consideração os pecados do mundo (sempre que me referi ao mundo, falo como estrutura pecaminosa); e 2) Falar da justiça de Deus sobre os que tais coisas praticam.
• A justiça de Deus é o principal tema desta carta. Quando alguém fala da justiça de Deus, qual a imagem que surge em sua mente? Em geral é a de um Deus austero e castigador. Só que, veremos isso mais a frente, não é possível pensar a Justiça de Deus separado da Graça de Deus.
• Sobre a Graça de Deus, Philipe Yancey diz: “Graça significa que não há nada que possamos fazer para Deus nos amar mais. E que nada há que possamos fazer para que Ele nos ame menos.”
• Mas para falar da Graça, é preciso pontuar a fraqueza do homem, quer seja gentio ou não (crente ou não). A Graça só surte efeito para aquele que reconhece a sua condição de pecador inveterado.
• Paulo termina o cap. 1 com uma advertência; leiamos o vers. 32. Começa o cap. 2, com uma outra advertência; leiamos o versículo 1.
• Agora, como se diz no popular, “o bicho vai pegar”, para os que estão do lado de dentro. Para os judeus, para os religiosos.
• Por vezes pensamos que a mensagem do evangelho é só para quem está do lado de fora. Com a gente já está tudo resolvido. A divisa que o Ministério de Missões e Evangelismo adotou para promover a obra de Missões é muito significativa nesse sentido. Diz: “Cada família participando da obra de missões”. De que maneira? Como? Será que estamos preparados? Não podemos mentir com a vida aquilo que anunciamos em com nossas palavras!


Do estudo do capítulo dois de Romanos podemos extrair as seguintes colocações:

1) SANTIFICAÇÃO COMEÇA COM UM PROCESSO DE AVALIAÇÃO PESSOAL.

• Vejamos alguns versículos que sustentam essa sentença: v. 2; 17 – 24
• O que Paulo ressalta aqui é o aspecto horizontal da santificação, ou seja, do que adianta estar na igreja, dizer-se cristão, se no aspecto horizontal, Paulo ressalta aqui a ética cristã (furtar, adulterar), as evidências mostram o contrário.
• A pergunta que surgiu na oficina que estava dirigindo ontem, cujo o tema era: “mantendo a chama do evangelho acesa”, foi: de que evangelho estamos falando?
• O versículo 24, diz: “Porque, como está escrito, o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vós”. Irmãos: o que estamos vendo hoje em dia? O Evangelho de Cristo está sendo ridicularizado. Com isso os corações dos homens estão ficando cada vez mais endurecidos.


2) A SANTIFICAÇÃO DEFINE UMA PRÁTICA.

• Versículos 24-29.
• Circuncisão; hoje conhecida como operação da fimose. Diversas teorias tendo sido apresentadas como explicação da origem e do propósito dessa medida, a saber: A) teria finalidades higiênicas; B) Seria um sinal de afiliação tribal; C) Seria uma preparação para a vida sexual; D) Seria um teste iniciatório de coragem; F) Seria um sacrifício a Deus.
• Para o judeu o principal significa o pacto feito entre Deus e a nação de Israel. Nesse sentido, a circuncisão marcava um povo separado para servir a Deus. Paulo deixa claro que essa circuncisão é, antes de tudo, do coração.
• A prática não define a santificação. Mas a santificação determina uma prática.
• Por vezes temos incorporados práticas e mais práticas, na maioria sem nenhum valor significativo para a fé cristã. Você já parou para pensar sobre o sentido da sua prática? Coisa do tipo: por quê estou fazendo isso? Por quê canto no coral? Por quê ensino na EBD? Por quê faço todas essas coisas na igreja? É muito importante pensar sobre isso!


3) NA SANTIFICAÇÃO SE ESTABELECE COM A JUSTIFICAÇÃO DE DEUS.

• Versículos 1-16.
• O destaque desse trecho está no versículo 13.
• Há uma diferença entre JUSTIÇA DE DEUS e JUSTIFICAÇÃO DADA POR DEUS.
• A justiça de Deus é o que está inerente a sua personalidade.
• A justificação é o ato salvífico de Deus em favor do homem. É a manifestação da Graça.
• No cap. 5. Paulo vai falar do resultado do ato da justificação; diz: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.”
• A justificação pela fé nos coloca numa nova relação para com Deus. Relação de paz!
• Para entender melhor esse ato da justificação de Deus; Philip Yancey fala de um diálogo no filme o último imperador na China. O menino que vivia uma vida de luxo com mil eunucos à sua disposição. O seu irmão pergunta: “quando você faz alguma coisa errada; o que acontece?” O pequeno grande imperador responde: “uma outra pessoa é castigada;” nisso jogo um jarro no chão; e um dos servos é castigado. Na teologia cristã, diz Philip Yancey, Jesus inverteu esse padrão antigo: quando os servos erraram, o Rei é quem foi punido. A Graça, enquanto ato de justificação, é gratuita porque alguém pagou o preço.
• Evangelho é isso: comunicar que Jesus já pagou o preço dos nossos pecados. É um ato de liberação para a vida plena e abundante. Isso é missões.


CONCLUSÃO:

Esse tema da justificação vai dominar toda a carta do ap.Paulo aos Romanos. A estratégia desenvolvida por ele começa a ficar mais clara no cap. 3, quando ele vai falar sobre a justificação pela fé em Jesus Cristo.
Onde fica a santificação nisso tudo? É que o ato da justificação não é uma liberação para o pecado, mas um chamado para andar em novidade de vida. Por outro lado, Paulo demonstra isso, existem privilégios, bênçãos advindas dos céus, para aquele que pela fé apropria-se dessa justificação e que faz a opção de andar numa vida santificada a Deus. Isso é missões!



Pr. Ailton G. Desidério

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