A HISTÓRIA DO AVIVAMENTO
O PRIMEIRO AVIVAMENTO DA HISTÓRIA
GÊNESIS 4
Quero compartilhar com os irmãos alguns textos bíblicos que retratam a história do avivamento na Bíblia. O meu objetivo ao apresentar esta série de mensagens é destacar alguns aspectos importantes, tais como: a necessidade do avivamento, as conseqüências do avivamento, e as múltiplas formas que o Espírito de Deus operou na histórica bíblica um avivamento.
Antes de qualquer coisa vamos definir a palavra avivamento, o que não é uma tarefa das mais difíceis. Difícil mesmo é pagar o preço do avivamento. Tem muita gente que fala do avivamento, mas não está disposta a pagar o preço do avivamento. Avivar é trazer a vida. Imaginemos uma pessoa que após sofrer uma parada cardíaca passa por um tratamento de choque de ressuscitação.
Os médicos colocam usam um aparelho chamado desfibrilador e aplicam um choque no sujeito. Nos casos que já assistimos pela televisão a intensidade do choque leva o sujeito a dar um pulo sobre a maca. Se o procedimento não surte efeito na primeira vez aumenta-se a voltagem do desfibrilador e aplica-se uma descarga elétrica mais forte. Se o coração volta a bater o sujeito quase defunto é ressuscitado, ou seja, volta a viver.
Avivamento é como um choque espiritual que o Espírito Santo aplica na coração do crente, da igreja, corpo de Cristo, para que ele volte a pulsar na intensidade de uma vida espiritual plena e abundante. O problema é que tem crente que está levando cada choque no peito e não está respondendo a terapia espiritual. Têm crentes e igrejas que já morreram e esqueceram de deitar.
Vocês pensam que estou falando alguma heresia? Três textos bíblicos que compravam isso que estou dizendo:
Efésios 5: 14, diz: “Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo te iluminará.”
Tiago 2: 17, diz: “Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta.”
Apocalipse 3: 1, diz: “Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto.”
Nos EUA, segundo Doug Banister, autor do livro “A Igreja da Palavra e a Igreja do Poder”, sessenta igrejas fecham as portas por semana.”
Leonard Ravenhill, diz em seu livro “Por que tarda o pleno avivamento”, que “a igreja perdeu o ‘fogo’ do Espírito Santo e por causa disso a humanidade vai para o fogo do inferno.” Diz também que “O mundo não está querendo mais definições do evangelho, e, sim, novas demonstrações do poder dele.”
Lamentavelmente alguns crentes e por conseqüência algumas igrejas, ao invés de estarem exalando o bom perfume de Cristo estão exalando o cheiro da podridão do pecado, cheiro de carne em estado de putrefação, cheiro de morte. Deus não está satisfeito com estado da sua igreja hoje. Deus não está satisfeito com a condição da sua vida espiritual, sem oração, sem estudo da Palavra, sem testemunho, sem compromisso com Ele.
“Em cada um de nós existem três pessoas: a que nós achamos que somos, a que os outros pensam que somos, e a que Deus sabe que somos.” (Ravenhil). O que você acha disso?
Vamos ver nesta primeira mensagem da história do avivamento as condições em que ele se estabelece. Como surgiu o primeiro avivamento da Bíblia. Leiamos o cap. 4 de Gênesis.
Duas gerações são destacadas neste texto: a geração de Caim e a geração de Sete. A geração de Caim trazia a marca do pecado. Não encontramos na Bíblia o relato que fala do arrependimento de Caim por ter assassinado o seu irmão Abel. O que encontramos é o relato da preocupação de Caim com a sua própria vida (v. 12).
O texto bíblico diz que “Caim afastou-se da presença do Senhor e foi viver na terra de Node. Que local seria esse? Não uma determinação exata deste local, alguns dizem que ficava do lado oriental do Éden. Mas o sentido do nome Node é vaguear. Então, Caim ficou vagueando sobre a terra. Quem não está plenamente em comunhão com Deus vive vagueando sobre a terra, sem lenço e sem documento, de lá prá cá, daqui pra lá. Tem muito crente assim hoje em dia. O que tem de crente vagueando pela igreja, nos corredores, nas salas,
A irmã Edméia falou no debate da rádio El Shaddai que o inferno está cheio de evangélicos. Alguns pastores que ali estavam ficaram sem entender o que ela queria dizer, no que ela complementou: mas o céu está cheio de santos! Aleluia!
Por onde você anda vagueando: pelas boates, pelos shwos da vida, por onde? O crente não pode vaguear. O crente precisa andar com Deus diariamente.
Mas diz o texto que Adão voltou a ter relações sexuais com Eva e ela engravidou, dando a luz a um outro filho a quem chamou de Sete, cujo sentido é: “compensação ou broto”. A linhagem messiânica começa com Sete. No final da genealogia de Jesus apresentada no evangelho de Lucas, encontramos: “filho de Enos, filho de Sete, filho de Adão, filho de Deus.” (Lc. 4: 38)
Voltemos para o texto de Gênesis 4: 25, que diz que de Sete nasceu um filho chamado Enos, acrescentando em seguida: “Nessa época começou-se a invocar o nome do Senhor.” Encontramos aqui o relato do primeiro avivamento na Bíblia. O nome do Senhor começa a ser invocada na terceira geração: não foi na geração de Adão, não foi na geração de Caim, mas a partir da geração de Sete, após o nascimento de Enos.
Por que?
1º - Porque o avivamento se estabelece no vácuo da presença de Deus.
Mesmo sendo advertido por Deus Caim matou Abel. Matou por conta de que? Da inveja que nutria no seu coração. Quando o homem não nutre a sua mente com pensamentos e sentimentos dignos ele abre uma porta para que o diabo use a sua vida.
Caim não ouviu a exortação de Deus. De igual modo muitos hoje não estão ouvindo a voz do Espírito Santo e continuam com seus astutos intentos, alimentam inveja, ódio, rancor. Cuidado! Quem assim procede está escancarando uma porta para que o diabo possa entrar e fazer a festa.
Depois que fez a besteira. Deus pergunta para Caim onde estava o seu irmão e o que ele respondeu: “sou eu responsável pelo meu irmão?” Pecado chama pecado. Agora Caim se revolta contra o próprio Deus e demonstra o pecado da indiferença.
A indiferença é um pecado terrível. Desprezar um irmão. Ignorá-lo. É uma atitude satânica. Muitos casamentos sucumbem frente essa estratégia diabólica: a do desprezo!
Depois vem a história de Lameque, que é filho do tataraneto de Caim.
Lameque fez uma verdadeira meleca na vida. Diz o texto que Lameque falou para as suas duas mulheres: “Ada e Zila, ouçam-me: eu matei um homem porque me feriu, e um menino porque me machucou.” O cara não era fácil! Mas por que ele falou isso para as suas duas mulheres? Acho que ele estava querendo dizer alguma coisa pra elas duas, tipo: não encham a minha paciência que eu posso fazer o mesmo com vocês?
Dá para observar que quando Enos nasceu é como se houvesse um vácuo da presença de Deus?
O que estamos vendo hoje, com tanta violência, com tanta incredulidade, com tanto pecado? Parece que estamos vivendo num tempo em que Deus não está presente. Isso tem paralelo com a profecia de Habacuque.
Uma outra razão pela qual o avivamento aconteceu com o nascimento de Enos é que:
2º - Porque o avivamento é conseqüência natural de um quebrantamento no coração do homem.
Onde não há quebrantamento não pode haver avivamento. Enquanto não nos quebrantamos perante Deus o avivamento não acontece. É por isso que por vezes um verdadeiro e genuíno avivamento demora: Deus fica esperando o quebrantamento do coração.
O significado do nome Enos é fraco, doente.
Parece que quando Sete vê o seu primeiro filho nascer fraco e doente ele se lembra de Deus. Ainda é assim hoje. Enquanto tudo vai bem muitos rejeitam o avivamento, mas quando aparece uma doença, quando surge um problema de família, no casamento ou com os filhos, quando surge o desemprego, aí Deus começa a operar o avivamento no coração do homem.
Enquanto não admitimos nossas fraquezas. Enquanto não admitimos nossos pecados, Deus não pode operar em nossas vidas. Deus não age numa vida em pecado. Deus não age numa igreja mundana, com crentes mundanos.
Mas quando reconhecemos nossas fraquezas e buscamos a presença de Deus algo de extraordinário acontece. Não é isso o que Deus diz com a ilustração do vaso quebrado na casa do oleiro. Não existe nada mais frágil do que um vaso. As vezes um Lindo vaso, ornamentado, desenhado, com um simples toque cai e quebra. É que todos os vasos são constituídos de um material muito frágil: barro!
A virtude do crente está em reconhecer a sua fraqueza e buscar com toda a intensidade em com todo coração a unção da presença de Deus. O vaso ungido não quebra facilmente.
As vezes cantamos: “Eu quero ser, Senhor amado, como um vaso nas mãos do oleiro. Quebra minha vida e faça de novo, eu quero ser, eu quero ser, um vaso novo.” Mas quantas vezes Deus vai precisar te quebrar para que você aprenda depender Dele? Quantas vezes Deus vai precisar de quebrar para que você aprenda a valorizar a oração? Quantas vezes Deus vai precisar de quebrar para que você seja um melhor crente? Quantas?
Precisamos crescer na Graça e no conhecimento de Cristo para que não nos comportemos como meninos inconstantes.
3º - Uma terceira condição para que um avivamento aconteça é o clamor.
Diz o texto que pela primeira vez começou-se a invocar o Senhor. Invocar é um verbo muito forte. Invocar é pedir com intensidade. Invocar é clamar do fundo do coração.
Sabem por que muitas das nossas orações não são atendidas? Porque nós simplesmente oramos ao invés de clamar. Nós racionalizamos até na oração. Usamos a oração para engabelar ou tentar enganar Deus.
Como foi a oração do salmista no salmo 51? Foi uma oração em que ele rasgou o seu coração perante Deus.
O que diz o profeta Jeremias sobre a oração que Deus atende: “Clama a mim...” (Jeremias 33: 3).
A igreja precisa aprender a orar. Os crentes precisam aprender a orar. E só se aprende a orar, orando! As reuniões de oração deveriam ser as reuniões mais freqüentadas da igreja, mas é comum ouvir um crente dizer: “eu não vou na igreja hoje não porque é dia de reunião de oração!”
Ravenhill diz que: “A estatura de um crente é determinada pelas suas orações.” Como temos ouvido com freqüência: muita oração, muito poder. Pouca oração, pouco poder. Nenhuma oração, nenhum poder.
O que aprendemos sobre a história desse primeiro avivamento?
1º - Que vivemos um tempo em que parece que há um vácuo da presença de Deus. Assim como aquele dia quente, sem nenhum vento, anuncia uma forte chuva. O que podemos ver é que com tantas coisas acontecendo a nossa volta Deus está por agir e por mover um grande avivamento na terra. Deus não quer que os seus filhos se percam. Deus não quer que a sua igreja se desvie e por isso Ele está por enviar um grande avivamento.
2º - A virtude na vida cristã não está em ser forte, poderoso, super espiritual. Mas em reconhecer as fraquezas e debilidades e buscar mais da presença de Deus. Tem muito crente por aí que está baseando a sua vida espiritual só nas emoções, mas não está sustentando o compromisso com Cristo.
3º - Precisamos buscar mais a presença de Deus. O que diz o texto de II Crônicas 7: 14. O nosso povo está sofrendo porque como crentes nós não estamos orando como deveríamos orar. Não estamos pregando como deveríamos pregar. Não estamos testemunhando como deveríamos testemunhar. Não estamos agindo com compromisso, como deveríamos agir. Por vezes me assusta como alguns crentes estão fazendo a obra de Deus de forma relaxada, descompromissada, de qualquer maneira. Ou então como que o senso artístico, estético, a técnica tem tomado espaço nos cultos em detrimento da vida. Como tem crente falando o que não está vivendo. A igreja tem se tornado um clube onde alguns aparecem quando bem entendem. Precisamos orar! Precisamos buscar! Precisamos clamar!
Precisamos valorizar a oração. Precisamos orar como se tudo dependesse de Deus e trabalhar como se tudo dependesse da gente.
Na época de Enos houve um clamor a Deus. Penso que este é o tempo. Esta é a época de levantarmos um forte clamor a Deus. Como diz o profeta Isaías, no cap. 64: 4: “Olhos ...”
Que Deus crie e que nós queiramos que Deus crie um novo tempo em nossa vida, em nosso meio, um tempo alegre, um tempo de entusiasmo com a obra de Deus, um tempo de oração, de pregação, um tempo de avivamento. Amém!
Pr. Ailton Gonçalves Desidério
terça-feira, 11 de novembro de 2008
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